Quando o bebê nasce muito prematuro, ainda não se completou o processo de desenvolvimento pulmonar. Muitas vezes precisamos utilizar recursos para ajudá-lo a respirar por um tempo, como oxigênio, ventilação não invasiva e intubação com ventilação mecânica. Com o tempo e crescimento, o pulmão vai sendo capaz de respirar sozinho, porém esses recursos essenciais que necessitamos para manter o bebê vivo também podem afetar como o pulmão se desenvolveu. A estas alterações caudadas pela prematuridade e efeitos da ventilação e oxigênio chamamos de broncodisplasia ou displasia broncopulmonar, definidos quando o bebê fica mais de 28 dias com suporte ventilatório ao nascer. Os bebês com esta condição podem apresentar tosse crônica, episódios de chiado, cansaço e até dependência de suporte ventilatório. O tratamento é multiprofissional, com pediatra, pneumologista, fisioterapeuta, além do tratamento de outras doenças do prematuro. Além disso, manter a criança nutricionalmente bem é essencial para a recuperação. Quanto às medicações, tem indicações muito variadas, podendo-se utilizar diuréticos, corticóides inalatorios e broncodilatadores conforme cada caso. Geralmente há melhora significativa do quadro pulmonar conforme o crescimento!